sexta-feira, 11 de maio de 2018

CRÓNICAS HOLOSISTAS "ILUMINAÇÕES À SOMBRA DA CAVERNA": "POR UM MAIO DE 68 HOLÍSTICO!", de Tiago Moita.


"La Semillera"

Mark Henson

"ILUMINAÇÕES À SOMBRA DA CAVERNA"

POR UM MAIO DE 68 HOLÍSTICO!

Escrevo com uma chama aos gritos dos chakras da minha alma índigo para o coração da Homem. Volvidos 50 anos da maior contra-revolução da História da Humanidade, que mudou para sempre a Cultura e o Pensamento Ocidental, escrevo a voz de um silêncio e de um desejo em brasa, que aspira alastrar-se como um incêndio multicor por todas as universidades, bibliotecas, galerias, cafés, ruas, aldeias, vilas e cidades, o direito a transcedência da Palavra, da Arte e do Homem e a expressão livre e sem tabus da metafísica no Pensamento e na Cultura contemporâneas.

Homem, regressa à rua e solta a Poesia que evoca o Todo em ti! Deixa as paredes falarem dos quadros de Alex Grey, Larry Carlson ou Mark Henson, das fotografias de Lyse Marion ou das esculturas de Paige Bradley. Que das esquinas soltem poemas de Tagore, Gibram, Rumi, Edmundo Silva ou Suzamna Hezequiel, libertem palhaços, acrobatas, actores e actrizes para celebrarem a vida em peças de teatro holográficas e projectem filmes que revelem a natureza multidimensional e transpessoal da Natureza, do Homem e do Universo. Que as Bibliotecas se encham de epifanias e koans, ameaçadores da (in)sanidade mental dos inquisidores da lógica ascética que pululam e governam as nossas Faculdades.

Que a verdadeira Cultura regresse e limpe o lodo do Medo dos Homens; que o lixo abandone as galerias, as prateleiras dos livros, as bibliotecas e os discursos e regresse a Arte e o Pensamento Puro. Que a imaginação volte ao poder de mãos dadas com o Sonho.

Sim! Defendo uma Revolução da Evolução! 50 anos depois do Maio de 68, saio de novo à rua com a Poesia ao peito e a minha alma como um archote a romper a bruma da praia esquecida pelas novas pedras da calçada e pergunto: Para quando um Maio de 68 Holístico?!

Tiago Moita.