segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

FILOSOFIAS (E FILÓSOFOS) HOLÍSTICOS QUE NOS INSPIRAM: Willard Van Orman Quine (1908-2000)

 


"Nenhuma experiência particular está ligada a qualquer afirmação particular no interior do campo, exceto indiretamente por meio de considerações de equilíbrio que afetam o campo como um todo."

Willard Van Orman Quine

(1908-2000)

QUEM FOI WILLARD VAN ORMAN QUINE?

Usualmente citado como Quine, mas conhecido pelos seus amigos e familiares como Van, foi um dos mais influentes matemáticos, filósofos e lógicos norte-americanos do século XX, considerado o maior lógico e filósofo analítico da segunda metade desse século.

Quine pertenceu à tradição da Filosofia Analítica ao mesmo tempo que foi um dos principais proponentes da visão de que a filosofia não é só análise conceitual. Quine leccionou Filosofia e Matemática durante toda a vida na Universidade Harvard, onde foi titular da Cadeira de Filosofia Edgar Pierce de 1956 a 1978. Entre seus principais escritos encontra-se "Dois dogmas do empirismo", o qual ataca a distinção entre juízos analíticos e sintéticos e defende um Holismo epistémico, quiçá semântico, e Word and Object, o qual aprofundou tais posições e introduziu a famosa Tese da Indeterminação da tradução. Quine mostrou que a distinção entre juízos sintéticos e juízos analíticos não estava apoiada em nada firme, era um dogma que era aceite sem nenhuma justificação, apenas pela necessidade dos empiristas de isolar a convenção dos juízos testáveis. Sem este dogma, este princípio do atomismo na verificação também não se sustenta e portanto é aceite apenas como um outro artigo de fé, um segundo dogma. Quine então conclama os empiristas a se livrarem dos dois dogmas e, sem distinção entre juízos sintéticos e juízos analíticos e aderindo a um Holismo quanto à verificação, a endossarem um empirismo sem dogmas.

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